Nature boy

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There was a boy
A very strange, enchanted boy
They say he wondered very far
Very far, over land and sea
A little shy and sad of eye
But very wise was he

And then one day,
One magic day he passed my way
While we spoke of many things
Fools and Kings
This he said to me…

The greatest thing you’ll ever learn
Is just to love and be loved in return

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Receita: torradas com ricota de amêndoas e framboesa

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Cansada da fama de quem não sabe nem fritar um ovo, decidi aprender, todo domingo, uma nova receita. A desse foram essas torradas francesas com ricota (falsa, de amêndoas) e framboesa. Simples, mas a gente tem que começar de alguma lugar né? Serve 4 pessoas e é sem lactose, ótimo pra quem tem intolerância ou segue esses dietas “sem glúten e lactose ” de hoje em dia – sério, que mal eles fizeram para a sociedade para serem odiados?

Ingredientes:

Para a torrada:
– 2 xícaras de leite de amêndoa
– 2 ovos
– 1/2 colher de chá de essência de baunilha
– 1 colher de chá de canela em pó
– 1 colher de sopa de mel ou xarope de bordo
– 1 baguette grande

Para a ricota de amêndoas:
– 1 xícara de amêndoas descascadas *embebidas em água por uma noite*
– raspa de 1/2 limão
– 2 colheres de sopa de mel ou xarope de bordo
– 1/4 xícara de leite de amêndoa

Para as framboesas assadas:
– 1 cesta pequena de framboesas frescas
– açúcar de confeiteiro

Instruções:

1. Coloque todas as framboesas em uma assadeira forrada com papel manteiga, polvilhe levemente com açúcar e leve ao forno a 200o por cerca de 15-20 minutos (até que tudo escureça um pouco e o açúcar caramelize). Retire e deixe esfriar. Quando frio, misture e “machuque” tudo com uma colher até ficar com uma consistência de purê. Ready!
2. Hora do creme de ricota: drene as amêndoas embebidos e coloque em um processador de alimentos ou liquidificador com as raspas de limão e xarope de sua escolha. Pulse até parece que a areia molhada. Coloque em uma tigela e, lentamente, vá adicionando o leite de amêndoas até que tudo se torne uma pasta. Deixe descansando um pouco.
3. Em uma tigela ou prato, misture o leite de amêndoas, ovos, extrato de baunilha, canela e calda de sua preferência.
4. Corte a baguete em longas fatias (na diagonal) e mergulhe-as por alguns minutos na mistura de ovos deixando-as bem cobertas.
5. Prepare uma frigideira com 3 colheres de sopa de óleo de canola (ou manteiga, azeite etc se vice não tiver). Ligue o calor médio e quando estiver quente o suficiente,coloque as fatias de pão embebidos para cozinhar. Vire-as quando estiverem douradas (cerca de 3 minutos de cada lado). Coloque torrada (torrada meio rabanada) cozida em um prato com papel de cozinha para absorver o excesso de óleo.

Voilà, só pegar seu pedaço e montar! Facinho e delicioso né?

M

Meio na contra mão, mas sempre no bom caminho

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Fotos da série “Iréel”, por Flora Borsi. Para ver as outras só clicar aqui.

Todo nove de agosto sinto pesar a sensação de ter que dar um veredicto final sobre mim mesma, afinal, mais um ano correu comigo tentando conhecer e entender melhor o que se passa além das minhas entranhas. O que meu âmago grita? Sempre acho que cheguei a minha definição final, e sempre mudo de ideia no dia dez. Aos 21 anos percebi que a única coisa definitiva em mim (por enquanto, quem sabe) é a mudança, o deslocamento, a quebra. É estranho, ser nômade dentro de si mesma.

Na minha calma opressiva minha alma se atrita com o que não cabe na moldura, mas suporta. Fazer o quê, gosto do novo, do escambo, do possível. Quero o que está diante dos meus olhos, e o que se mantém além deles. Arrisco, petisco e desgosto, às vezes logo, às vezes não. Vontades tão repentinas quanto vitais, que acabam me levando sempre a mais uma surpresa – dentro de mim. E até que alguma certeza me atropele ou floresça por aqui, continuo fiel aos meus instintos. À minha maneira de ser alguém real.

Andando em curvas, meio na contramão, mas sempre no bom caminho.

M

Mais uma luz que se apaga

A última semana foi marcada por duras perdas: João Ubaldo, Rubem Alves e Elaine Stritch. Três admiráveis seres humanos que através de inspiração, conhecimento e atos tocaram a vida de tantos desconhecidos. Várias reportagens, homenagens e matérias especiais foram feitas sobre cada um, mas uma em especial me encantou mais, talvez por ter sido sobre uma pessoa que eu admiro a história e garra, além do trabalho.

A NY Times fez esse tributo (abaixo) à Elaine, quis compartilha-lo aqui. Stritch foi – é – um ícone da Brodway de voz rasgada, personalidade arrebatadora e humor ácido. Estrelou a tão famosa “Quem tem medo de Virgina Woolf” além de outras peças e musicais notórios. Também trabalhou com cinema e até com a premiada série de comédia 30 Rock, mas nunca escondeu que o teatro era sua verdadeira paixão, o que a movia. Teve problemas com o álcool, foi virgem até os 30 anos.. Definitivamente recheada de histórias singulares e rancores escancarados. Umas mulher que deixou seu corpo envelhecer com a “dignidade” tão falada hoje em dia; com orgulho das marcas do passar da vida que escolheu viver, e que manteve uma jovialidade faminta em seu espírito até que a última luz se apagou para ela.

Bem, segue o vídeo, que é melhor que qualquer coisa que eu possa escrever aqui: a própria Elaine falando.

Fear is the base of what everybody does wrong in their lives. Elaine Stritch